Na queda de Adão, não só decaiu-lhe o semblante, mas também a natureza. O seu dia de luz viu-se em noite de trevas.
Num único e minúsculo ato, o homem conseguiu a enorme façanha de fazer diminuída a alegria de Deus; roubada que fora pela loucura insensata, nascida na infeliz opção de seus filhos ao escolherem duvidar do único verdadeiramente "induvidável".
O egoísmo de Adão "hereditou" em seus filhos, de tal sorte, que Caim assassinou Abel, seu próprio irmão. Mas, em verdade, o que Caim mais desejava era calar a insuportável fidelidade e a intolerável obediência de Abel ao sacrificar para Deus.
Amigos, não é preciso ser um sábio para concluir que no coração de Caim não ia o consciente desejo de matar seu o irmão. Bem no íntimo do seu inconsciente, ia o mal, que silencioso clamava, dizendo: "Cale-se Abel, e cale-se para sempre, pois as tuas bênçãos muito me incomodam".
Fica-nos uma pergunta: O que nós vemos hoje, assim tão bem disseminado na terra fértil do coração humano, senão, este mal maquinal que mareia um pouco de tudo dentro de todos? De alguma maneira somos um triste reflexo deste mal automático que levou o apóstolo Paulo a concluir, dizendo: "miserável homem que sou...". Esta desventurada conclusão Paulina, sobre a miséria humana, nasceu na triste realidade de um inquestionável fato citado por ele mesmo: "o bem que desejo não faço, mas o mal que não quero, este faço."
Atentando às palavras do apóstolo, ou à dura realidade do assassinato de Abel, numa sincera reflexão, por vezes, cada um de nós cristãos, deveríamos nos perguntar: "Por que as tuas bênçãos(a felicidade e o sucesso do meu irmão, imperceptivelmente) me incomodam?" Talvez esta triste verdade não se abata sobre todos. Mas, se o seu caso for como o de Paulo; como ele, pergunte-se: "Quem me livrará do corpo desta morte?". E a resposta não poderá ser outra, senão: "Posso todas as coisa em Jesus (por)que me fortalece".
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